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Como fazer uma projeção financeira e Entender as contas da empresa?

6 minutos para ler

Já imaginou, conseguir prever o futuro com uma boa projeção financeira? Parece uma besteira, não é verdade? Mas, e se eu falasse para você sobre o planejamento financeiro da sua empresa, você acha que é possível prever os seus futuros gastos? Caso ache que não, leia até o final para aprender um pouco mais, ou se você já sabe que o planejamento financeiro te ajuda na previsão de gastos, trouxemos uma explicação para te auxiliar um pouco mais!

Quer saber mais? Vamos mostrar como fazer uma boa projeção financeira pode destacar sua empresa da concorrência. Acompanhe:

Aprender a controlar seu orçamento é o modo mais prático de cortar gastos e começar a investir.

Uma certa parcela de empreendedores, ignora a projeção financeira por acreditarem que é impossível fazer uma previsão de gastos futuros.

Nesse contexto, antes de começarmos a aprofundar sobre o tema, é importante fazer uma breve explicação sobre o que são custos, despesas, investimentos e perdas:

Custos:

São aqueles gastos relacionados diretamente à produção de bens (produtos) ou serviços (como custos da compra de matéria-prima ou do pagamento do salário de funcionários que trabalham na produção).

Despesas:

São aquelas relacionadas a manutenção da operação da empresa (compra de material de escritório ou pagamento de salários de funcionários do administrativo e do comercial).

Investimento:

É todo capital gasto para gerar um benefício ou melhoria no negócio futuramente (como a aquisição de nova tecnologia de produção).

Faz menção a gastos anormais ou atípicos (como perdas de estoque por roubo ou obsoletismo).

Perda:

É importante saber os diferentes tipos de gastos para entender o seu comportamento e apoiar o planejamento financeiro. Além disso, é preciso entender que entre custos e despesas existem aqueles que são fixos e outros que são variáveis.

Projeção financeira

Agora que você já sabe que existem custos e despesas fixas, o primeiro passo é mapear e somar todos esses valores dentro de um mês (ou período), para começar a ter noção do “ponto de partida” da sua previsão de gastos. Estes são mais fáceis de fazer uma projeção financeira, porque são custos que você saberá desde o primeiro dia da sua empresa, até o último dia do mês, mesmo não vendendo nenhum bem ou serviço. Exemplos: água, luz, colaboradores, impostos etc…

AGORA é a parte complicada, os custos e despesas variáveis, “como prever algo que eu não tenho certeza?” Sem dúvidas, você já teve esse tipo de questionamento, e acabou ou irá enfrentar muitas dificuldades para gerir o seu financeiro e a administração de seu capital de giro.

Os custos e despesas variáveis estão relacionados ao volume de vendas, como por exemplo: matérias-primas; comissões (de vendas); embalagens; salário de alguns funcionários; horas extras; fretes; impostos sobre a venda

Como fazer uma projeção financeira: passo a passo.

Então, uma vez identificadas as despesas e os custos variáveis, como é possível prevê-las?

Para realizar uma projeção de gastos variáveis consistente é importante analisar os seguintes fatores:

Capacidade instalada:

Identificar os custos/despesas variáveis já instalados e encontrar o valor de venda que originará acréscimos deste custo.

Por exemplo: a empresa tem 10 funcionários ligados à produção, sendo que, com esta equipe a empresa consegue fabricar produtos equivalentes a R$ 100 mil em vendas; caso a empresa venda mais que isso, será necessário contratar mais funcionários ou pagar hora extra. Entre empresas prestadoras de serviço também é possível fazer esse cálculo, sendo que ela pode se basear na hora de serviço disponível de cada colaborador. Nesta análise o empreendedor encontrará o custo variável mínimo a ser considerado para uma projeção futura, assim como, o tamanho da relação de acréscimo.

Variáveis diretamente relacionadas a vendas:

Neste aspecto é orientado que se identifique aquelas despesas diretamente relacionadas a venda e como elas ocorrem.

Por exemplo, se a empresa paga uma comissão além do salário fixo para o vendedor, é importante identificar estes percentuais de vendas que serão diretamente transferidos para projeção de despesas variáveis.

Histórico de gastos X vendas:

Feito os principais mapeamentos, o mais importante é visualizar os números executados no passado, verificando como as variáveis se comportaram ao longo dos meses. Validar se as relações antes mapeadas fazem sentido também é importante. Nesse momento é recomendado atentar-se para questões sazonais, reajustes temporais, estabelecer médias entre mínimas e máximas, entre outros. Ainda é relevante ressaltar que quanto maior a série histórica documentada, mais subsídios haverá para projeções futuras.

Projeção de vendas:

Para concluir as projeções de gastos, é inevitável que se faça projeções de vendas, pois é neste ponto que se encontrará valores factíveis para prever os custos e as despesas variáveis. É sempre recomendado que se desenhe três cenários: de mínima (pessimista), de máxima (otimista) e de média (considerando a performance média de vendas em um determinado período da série histórica).

Dica final

Alguns empreendedores acreditam – equivocadamente – que prever finanças é acertar pontualmente os valores de cada conta em seu fluxo de caixa. Mais do que isso, prever, planejar finanças é mapear os atributos (receitas, vendas, gastos, despesas, custos, etc) para que se possam criar planos de ação independente do quadro que a empresa se depara.

O pior erro que o gestor pode cometer é não planejar finanças pelo simples fato de que os atributos são variáveis.

Planejamento financeiro é um exercício que todo gestor de micro, pequenas e médias empresas devem praticar de modo recorrente, para aprimorar a cada dia a gestão de seu negócio!

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